Osmir Freire
Na dinâmica das atividades da Casa Espírita, entendemos que um dos elementos primordiais a ser considerado é, inquestionavelmente, o relacionamento interpessoal dos trabalhadores, que deve criar um clima de paz, fraternidade, concórdia e amor, exigindo de todos nós uma postura compatível com esses requisitos, para que as finalidades do Centro Espírita sejam alcançadas, não sofrendo qualquer tipo de comprometimento pelas desarmonias porventura instaladas.
Qualquer manifestação de ideias contrárias a esse sentimento de união, de todos os participantes, pode enfraquecer a ação transformadora e educativa da Casa Espírita, realizada através do estudo, da difusão e da prática da Doutrina Espírita.
Para o alcance desse objetivo, envidemos esforços para a boa convivência com os companheiros de jornada, que as relações sejam sempre saudáveis e interativas, pois não se compreende que questões de ordem pessoal, movidas muitas vezes por orgulho e vaidade, possam afetar negativamente os serviços que prestamos à sociedade e a nós mesmos.
Temos a plena convicção que todos os trabalhadores estão animados dos mais elevados propósitos de servir à causa do Espiritismo e do Evangelho de Jesus. Entretanto, não podemos ignorar que cada um de nós carrega qualidades, defeitos e experiências individuais, o que pode causar, muitas vezes, discordâncias que devem ser superadas. Em sendo assim, é sempre atual a sábia advertência de Jesus quanto ao orar e vigiar, para que não entremos em tentação, requisitando de todos nós o esforço para a aplicação das virtudes da paciência, da humildade, do respeito aos sentimentos alheios, da amabilidade, e de todos outros valores nos quais devemos nos exercitar na sua vivência cotidiana.
É muito natural que em qualquer grupo, espírita ou não, haja discordâncias, mas essas divergências não devem ser usadas para a separação ou o distanciamento de membros do grupo. Elas devem contribuir para o seu crescimento, desde que haja compreensão de todos.
Lembremo-nos do saudoso Deolindo Amorim, que prelecionou que divergência é natural que haja em qualquer meio, porém que não se transforme em desunião, que é bem diferente!
Quando os conflitos se instalam, apesar dos esforços em contrário, necessário se faz que se busque o diálogo, o entendimento, a concórdia, colocando sempre de lado as questões de ordem pessoal, pois acima dessas questiúnculas, deve prevalecer o interesse da Causa Maior, que é a Doutrina!
Recordemos, igualmente, o conselho do apóstolo Paulo (Efésios, 4:1-3):
“Exorto-vos a que leveis uma vida digna da vocação a que fostes chamados, com toda humildade, mansidão e paciência. Suportai-vos uns aos outros na caridade. Esforçai-vos por preservar a unidade do Espírito no vínculo da Paz”.
O AUTOR
Presidente da Federação Espírita do Maranhão (2019-2022)